O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) solicitou informações da SAAB North America acerca da compra feita em 2014 pelo Brasil de 36 caças Gripen E no valor de US $ 5,4 bilhões, conforme relatado pela Reuters.
A compra também foi alvo de outra investigação em 2016 por autoridades brasileiras, após promotores acusarem na época o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de usar a sua influência para favorecer a licitação que sagrou a SAAB como vencedora na compra de novos caças para a FAB.
“A Saab pretende atender à solicitação de informações fornecidas e cooperar com o DoJ neste assunto”, comunicou a empresa para a Reuters sobre as consultas dos EUA à Saab North America.
A investigação buscava procurar indícios de corrupção, mas nenhuma irregularidade foi encontrada no processo de aquisição após ampla investigação pelo Brasil e a Suécia.
Em dezembro de 2013, o Comando da Aeronáutica anunciou o então Saab Gripen NG (atual Gripen E) como vencedor do Projeto FX-2. O modelo sueco, ainda em desenvolvimento, superou o Boeing F/A-18 Super Hornet norte-americano e o francês Dassault Rafale, ambos já em operação.
Em 24 de outubro de 2014, a FAB assinou o contrato para a compra de 36 Gripen NG, sendo 28 da versão de um lugar (F-39E) e oito da versão com dois assentos (F-39F), esta última adquirida exclusivamente pelo Brasil. O acordo também permite a transferência de tecnologia, dando ao Brasil a possibilidade de produzir novos caças Gripen no seu território.
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