A Emirates, com sede em Dubai, planeja expandir sua frota de cargueiros Boeing 777F, com um anúncio formal esperado em breve, impulsionada pelo aumento da demanda de sua divisão de carga, a Emirates SkyCargo. A Reuters relatou em 16 de outubro de 2024 que a companhia aérea estaria por trás de um pedido de 11 novos Boeing 777Fs, incluído no relatório de setembro da Boeing.
A Boeing, no entanto, não revelou os clientes envolvidos nesse pedido até o momento.
Atualmente, a Emirates opera 12 aeronaves Boeing 777F, com idade média de oito anos, como parte da frota SkyCargo, complementadas por quatro cargueiros Boeing 747-400 alugados de terceiros.
A Emirates, maior operadora do Boeing 777, com 124 aeronaves de ageiros e 12 cargueiros, é também o cliente de lançamento do 777X, cujo desenvolvimento foi adiado para 2026. O presidente da Emirates, Tim Clark, expressou frustração com o atraso, pois a companhia aérea planejava usar o 777X para seus voos de longa distância, mas, sem muitas alternativas, a companhia terá que aguardar a entrega dos novos aviões.
Com o retorno das operações de ageiros após a pandemia, mais carga aérea está sendo transportada nos porões das aeronaves comerciais. Algumas transportadoras exclusivamente de carga foram prejudicadas, enquanto outras, como Emirates SkyCargo, Qatar Cargo e Etihad Cargo, ligadas a companhias de ageiros, viram a demanda aumentar.
A oferta global de aeronaves exclusivamente de carga está sendo restringida pela falta de novas fuselagens, um problema que persistirá por anos, já que os fabricantes enfrentam dificuldades para acompanhar a demanda. Isso tem levado empresas como a Emirates a adotar aeronaves alugadas, com contratos ACMI se tornando cada vez mais comuns no setor.